A criação de um oficial de segurança local, em todas as freguesias, especialmente as mais vulneráveis face aos fogos florestais, é uma nova figura criada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil para se agilizar os procedimentos em caso de evacuação de populações.
“Esta é uma designação nova na nossa linguagem, para uma personagem nova, que será uma pessoa importante”, para a evacuação de aglomerados populacionais segundo a 2ª comandante distrital de Braga da Proteção Civil, Marinha Esteves, a falar na apresentação do Guia de Apoio à Implementação do Programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, que servirá de apoio para os autarcas, párocos, militares, agentes da autoridade, bombeiros, membros da Cruz Vermelha e dos Escuteiros, entre diversas outras entidades e cidadãos.
Segundo revelaram os dois responsáveis do Comando Distrital de Operações de Socorro de Braga, durante uma reunião com autarcas de todo o distrito, em que convidaram todos aqueles profissionais e voluntários que deverão estar já preparados para a nova temporada de incêndios florestais, dos treze concelhos, somente três municípios não têm freguesias apontadas como de primeira prioridade, face a riscos de ignição de fogos em zonas rurais.
São esses os concelhos de Esposende, de Vila Nova de Famalicão e de Vizela, mas nos restantes 11 municípios do distrito de Braga há nada menos de 55 freguesias com risco, num total de 468 lugares, segundo a avaliação realizada a nível nacional pela Autoridade Nacional de Proteção Civil em articulação com os órgãos dos municípios e das freguesias.
A criação paulatina de Unidades Locais de Proteção Civil foi outra realidade com a qual se congratularam todos os especialistas presentes neste encontro, realizado no Auditório do Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, ficando a saber-se que desde a maior freguesia urbana de Braga, a de São Vítor, até à freguesia de Serafão, em Fafe, já têm tais estruturas.
O comandante, Hermenegildo Abreu, a par da 2º comandante, Marinha Esteves, estão a planificar, ao pormenor, em articulação com os Serviços Centrais da Autoridade Nacional de Proteção Civil, tudo quanto se pode e dever fazer na prevenção dos riscos de incêndios florestais e em caso de eles deflagrarem como é que as populações terão de reagir numa lógica de autoproteção que vai envolver todos, já que “Protecção Civil somos todos nós”.