A GANT AB, marca de roupa internacional com sede em Estocolmo, na Suécia, emitiu esta quinta-feira um comunicado onde diz aguardar pelo desenlace das questões legais relacionadas com a falência do Grupo Ricon/Delveste para determinar uma nova estratégia para o mercado português.
“A empresa continua a ver um grande potencial no mercado nacional e mantém a ambição de manter o melhor relacionamento com os seus clientes em Portugal”, afirma a empresa.
Recorde-se que, desde que a Ricon fechou portas, a GANT passou a operar em Portugal sem lojas físicas.
“Ao longo de 26 anos, a GANT manteve uma parceria de franchise com o distribuidor português Grupo Ricon/Delveste. Após este parceiro atravessar sérias dificuldades financeiras, e não obstante os esforços desenvolvidos pela GANT AB ao longo do último ano para assegurar a continuidade do negócio e a notoriedade da marca no mercado português, o distribuidor em causa declarou falência, terminando assim a já longa parceria”, pode ler-se naquela nota.
Para Patrik Nilsson, CEO da GANT, “a GANT Portugal sempre foi um mercado importante para a GANT AB, sendo mesmo um dos mais fortes para a marca em termos globais. Como tal, é com grande tristeza que vemos o nosso distribuidor português a não conseguir dar continuidade à parceria que vínhamos desenvolvendo”, frisando que “sabemos que os nossos clientes têm sido afectados, mas é nossa intenção voltar a estar perto deles assim que todas as questões legais relacionadas com esta situação estejam ultrapassadas”.
Com o fecho das lojas da GANT em Portugal, mais de 200 pessoas perderam o emprego.
“Gostava de agradecer pessoalmente toda a paixão e entrega dos trabalhadores portugueses para com a GANT e dizer-lhes o quanto apreciei os esforços que desenvolveram ao longo destes tempos conturbados”, conclui Patrik Nilsson, citado naquele comunicado.
Actualmente, a marca GANT está presente em 70 mercados, contando com 750 lojas em nome próprio e mais de 4000 retalhistas. Fundada em 1949 nos Estados Unidos da América por Bernard Gantmacher, tornou-se uma marca global em termos de sofisticação, oferecendo roupas, acessórios e artigos de casa premium para homem, senhora e criança.
O Tribunal de Vila Nova de Famalicão decretou a insolvência do grupo Ricon, que detinha as lojas da Gant em Portugal, composto por oito empresas no início de fevereiro, deixando cerca de 800 trabalhadores no desemprego.
A Ricon Industrial, a maior empresa operacional do grupo, empregava cerca de 350 trabalhadores.
