Declarações após o jogo Marítimo-SC Braga (1-0), da 32.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio do Marítimo, no Funchal:
Abel Ferreira (treinador do SC Braga): “Entrámos muito bem no jogo, em cima do nosso adversário. Mesmo antes da expulsão, já tínhamos criado oportunidades para chegar ao intervalo com um golo [de vantagem]. A verdade é que, quando fazemos a reflexão no final, não é a quantidade de vezes que crias oportunidades, mas sim a quantidade de vezes que consegues meter a bola dentro da baliza do teu adversário e o jogo resume-se a isso.
Somos uma equipa que, por norma, faz sempre golos. No último terço, faltou-nos mais definição e não sermos tão precipitados. Agora, também não podemos esquecer que o nosso adversário se fechou e teve a ‘estrelinha’ da sorte, ao fazer golo numa das duas vezes que foi à nossa baliza na segunda parte.
Sou o responsável máximo desta equipa. A ideia de jogo é minha, sou eu que faço as substituições. Não ganhámos e o responsável sou eu.
Tendo em conta a nossa expectativa criada, a lutar pelos primeiros lugares até sete jornadas do fim e a lutar pelo terceiro lugar até três jornadas do fim, chegar a esta fase e estar no quarto lugar, é lógico que nos sabe a pouco. É um objetivo mínimo e obrigatório da nossa equipa. Não estamos satisfeitos logicamente, pelo que produzimos ao longo da época. Faltou-nos consistência nesta fase final.”
Petit (treinador do Marítimo): “Já sabíamos que ia ser um jogo extremamente difícil e, depois, tivemos essas duas contrariedades (Edgar Costa, por lesão, e Getterson, expulso). Um jogo equilibrado na primeira parte, com duas oportunidades para cada lado.
Na segunda parte, tivemos de apelar ao espírito de sacrifício, defender bem e fomos muito solidários. Tínhamos falado ao intervalo que, se defendêssemos bem, teríamos uma oportunidade ou outra de sair numa transição, em que podíamos ‘matar’ o jogo, e foi o que aconteceu.
O primeiro objetivo está cumprido, porque conseguimos a manutenção e, agora, vamos à procura do segundo, que é a meta dos 40 pontos, por isso, há que dar os parabéns aos jogadores e à massa associativa por tudo o que têm feito.
[Próxima época] Como o presidente disse, ainda vamos conversar. Tenho mais um ano de opção. Agora, há que descansar. Este jogo também foi muito desgastante para nós. Vamos conversar e temos tempo para isso, porque é um clube que me acolheu bem e que me está a dar boas condições de crescer como treinador.
A minha vontade é de continuar. Sinto-me bem aqui e fui bem acolhido pelas pessoas da Madeira. Os jogadores também têm crescido ao longo das semanas, em termos de equipa e de espírito de sacrifício. Quando cheguei aqui, estávamos numa fase difícil e, passado algum tempo, fizemos 29 pontos.”