A sociedade Polis Litoral Norte anunciou ter em curso, em Caminha e Viana do Castelo, um investimento de cerca de 2,6 milhões de euros com vista à recuperação de zonas costeiras degradadas naqueles dois concelhos do Alto Minho.
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Em comunicado, aquela sociedade esclareceu que as empreitadas, já iniciadas, e com conclusão prevista para outubro, são comparticipadas em 30% por fundos comunitários do Programa Operacional Temático de Valorização do Território (POVT).
Além da limpeza de espécies infestantes exóticas arbóreas e herbáceas e da regeneração natural de áreas degradadas, as intervenções incluem a construção de mais de 22 quilómetros de percursos pedonais e cicláveis, que, no futuro, ligarão os dois concelhos do distrito de Viana do Castelo.
A intervenção “visa a prevenção do risco, através de medidas corretivas de erosão costeira e defesa costeira e tem como objetivo principal a manutenção e reposição das condições naturais do ecossistema costeiro que assegurem a sua estabilidade biofísica por via da renaturalização de áreas degradadas, recuperação, reforço e fixação dos sistemas dunares, visando a prevenção de risco”.
Criada em 2009, a sociedade prevê obras de reabilitação numa faixa costeira de 50 quilómetros, integrando ainda as zonas estuarinas dos rios Minho, Coura, Âncora, Lima, Neiva e Cávado, numa extensão de, aproximadamente, 30 quilómetros. A área de intervenção totaliza cerca de cinco mil hectares e integra o Parque Natural do Litoral Norte.
No início deste mês, e a propósito do Dia Mundial do Ambiente, o presidente daquela sociedade, Pimenta Machado, afirmou que seis anos depois de ter sido criada, a Polis Litoral Norte concluiu 33 das 54 das intervenções de requalificação previstas para a costa de Esposende, Viana do Castelo e Caminha.
Adiantou estarem atualmente em curso 16 empreitadas, um investimento próximo dos 14 milhões.
O responsável, que é também diretor da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) Norte, revelou que ao todo já foram investidos cerca 73 milhões de euros, com financiamento entre 70 a 85% de fundos comunitários, do Estado português, e das três autarquias.