Declarações após o jogo Gil Vicente-Desportivo das Aves (3-0), da 28.ª jornada da I Liga de futebol, disputado no domingo no Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos.
(treinador adjunto do Gil Vicente): “Foi uma vitória inteiramente justa e assinalada por uma primeira parte de muita qualidade do Gil Vicente. Criámos inúmeras situações de finalização e algumas oportunidades claras de golo. Os três pontos aproximam-nos do grande objetivo que o clube estabeleceu.
Fomos bastante mais eficazes do que nos jogos anteriores, nomeadamente nas primeiras situações criadas. Em todos os jogos tivemos boas situações para fazer golo, mas infelizmente não o fizemos.
Hoje tivemos a competência para marcar um golo muito cedo, o que tranquiliza a equipa depois destes três jogos anteriores. A partir daí a equipa libertou-se ainda mais e fez uma primeira parte de muito boa qualidade, principalmente nos primeiros 30 minutos.
É verdade que se perderam automatismos com aquela paragem muito longa. Daí há ocasiões em que os jogadores individualizam mais os lances ou não conseguem praticar aquele futebol mais ligado e coletivo que vinham fazendo antes.
[Rúben Ribeiro em destaque?] É um processo semelhante ao de muitos jogadores. Chegou para acrescentar qualidade, mas esteve muito tempo sem competir e vinha sem ritmo de jogo. Quando estava pronto para recomeçar teve uma pequena mazela que o atrasou. Entretanto reiniciou a competição e apareceu esta pandemia.
É um jogador de muita qualidade e contamos com ele para ajudar, tal como tem vindo a fazer, sabendo que ainda não está na sua melhor forma. Havendo mais jogos e esta competitividade em treino e em jogo, ainda pode dar muito mais à equipa”.
Nuno Manta Santos (treinador do Desportivo das Aves): “Sofrer um golo é sempre fatal. É evidente que sofrer aos 10 minutos não é agradável e, da maneira como sofremos, mais desagradável fico. Na primeira parte não tivemos a atitude competitiva que eu pretendia. Estivemos muito mal a defender em termos de agressividade e de reação à perda.
Não é esta a atitude, o compromisso e o caráter que tenho pedido à equipa. Disse isso aos jogadores ao intervalo, passando a mensagem de que o mais importante de tudo não era o resultado que íamos obter aqui hoje, mas a competitividade que íamos ter.
Ofensivamente até fomos criando e tivemos algum critério nas saídas, mas nos últimos 20/30 metros a decisão não era a melhor. Depois tínhamos sempre o problema do equilíbrio defensivo, no qual não estivemos bem e permitimos ao Gil Vicente sair muitas vezes em transição na primeira parte.
Depois do intervalo trouxemos uma postura perante um adversário que estava bastante confortável. Fomos mais competitivos, agressivos e aguerridos. Chegámos algumas vezes perto da área do Gil Vicente, fizemos um golo invalidado e defensivamente cometemos erros que custam muito no futebol e pagam-se caro na alta competição.
Neste momento não faço contas. Estou preocupado com o jogo e aquilo que a equipa tem de apresentar. Não fiquei agradado com o trabalho defensivo. Podíamos perder 3-0 ou 4-0, mas há comportamentos que têm de existir sempre num profissional. Hoje houve momentos na primeira parte em que não fomos competentes e o responsável sou eu”.