O muro do Castro de Santo Ovídio, em Fafe, será intervencionado a breve prazo por se encontrar “bastante danificado”, anunciou a Junta de Freguesia de Fafe.
O contrato já foi celebrado no passado dia 12 de outubro entre a Câmara de Fafe e a firma Joaquim Antunes Vieira, pelo preço de 12.800 euros mais IVA.
Paulo Soares, presidente da Junta, reforça que este castro é um local a ser preservado e que deveria ser mais promovido, por ser “um lugar único no concelho” e por ser o primeiro local onde “apareceram vestígios da civilização em Fafe”.
O muro “que estava a cair” vai ser reabilitado pela empresa, procedendo também à limpeza que fica a cargo da associação ARCO, especialista em preservação da cultura castreja.
Segundo o portal da Câmara de Fafe, este castro, sobranceiro à bacia hidrográfica do rio Vizela, “é o mais conhecido sítio arqueológico do município”.
“As mais antigas referências ao povoado, localizado nos arredores da cidade, remontam ao último quartel do séc. XIX, quando foi descoberta, pelo arqueólogo Martins Sarmento, uma estátua de guerreiro lusitano, com 1,70 metros de altura, quando se abriam os alicerces para a construção da capela em honra de Santo Ovídio”, refere a autarquia.
“Em 1980, foram iniciadas escavações no povoado que permitiram pôr a descoberto habitações, arruamentos e outros importantes elementos para o conhecimento da arquitetura e urbanismo do castro, presumivelmente ocupado entre os séculos I a.C. e I d.C.”, acrescenta o mesmo texto.
Foram descobertos “abundantes vestígios de cerâmica e material lítico e metálico, que tornam o povoado de extraordinário interesse para o estudo do megalitismo no noroeste peninsular”.
Foi classificado como imóvel de interesse público em 1980.